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Foto do escritorCardoso Júnior

O Dançarino do Deserto - Inglaterra- 2015

Atualizado: 15 de ago. de 2020


Partindo de uma história real sobre um jovem artista Iraniano que luta pelo direito de dançar livremente em um país que reprime, proíbe, coíbe e pune drasticamente este tipo de arte tem, sem dúvida, um começo auspicioso que nos leva a pensar numa grande e desconhecida história.

O panorama da repressão Iraniana sobre qualquer tipo de expressão artística, parece um ótimo pano de fundo para o desenvolvimento da narrativa, mas falha ao centrar apenas na superfície das emoções individuais o que prometia ser um libelo contra sistemas repressores.

A primeira falha está na transposição do menino sonhador para o jovem combativo. Fica claro para olhos mais atentos que os biótipos não são condizentes. A partir deste ponto, o mergulho na questão repressora Iraniana fica no raso (ainda que mostre a polícia da moral e suas práticas repressivas), e as ótimas referencias a Pina Baush, bem como as insipientes menções comparativas com Nureyev, não alavancam a força prometida na abertura.

Tecnicamente bem realizado, principalmente pelas cenas de dança e, ainda que bem agradável de ser assistido, a sensação que fica é de que algo no roteiro descambou para o clichê no gênero, desperdiçando um material repleto de potencial.

Simpático e bem intencionado, “O Dançarino do deserto” não alcança, nem de leve, outros trabalhos que trilharam o mesmo caminho como o excepcional “O sol da meia noite” (1985), e o espetacular (comentado aqui), “O último dançarino de Mao” (2011). Uma pena.

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