Com fotogramas que são verdadeiras aulas de enquadramentos, trata-se aqui de um poema capturado em luz e sombras. Tudo é absurdamente...perfeito, elegante, tocante e singelo.
A sensibilidade da direção trata o tema velhice e solidão com tamanho respeito e delicadeza que não há como não se encantar já na primeira cena e acompanhar a plástica irretocável que acompanha a narrativa.
Com uma protagonista que enche a tela com suas expressões magníficas em close-ups, cenografia requintada, trilha perfeita, diálogos-monólogos da maior inteligência e vitalidade e, a maior interpretação canina da história do cinema (a cadela Filadélfia), “Hora de morrer” entra para a galeria dos clássicos mais belos do cinema.
É difícil descrevê-lo em palavras, pois é feito para olhos e arrepios provindos de corações tocáveis pela beleza.
A qualidade do cinema Polonês (por isso predizemos a vitória de "Ida" no Oscar deste ano), chega às raias da perfeição onde, nem mesmo Dostoiévski, no auge de sua inspiração, comporia algo tão belo.
É de se lamentar que trabalhos deste calibre, fiquem escondidos sob assoalhos empoeirados do desconhecimento e tenhamos que arrastar pianos para descobrir essa caixa de jóias.
Sem mais, #Pora Umierac é magnífico; cinema puro, na essência e na mais alta concepção da palavra arte.
Bravo!
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