Dirigido por um dos pais da revolução do cinema Francês, Godard, há tempos não apresentava algo tão...inusitado.
Premiado em Cannes juntamente com o espetacular Mommy de Xavier Dolan (já comentado aqui), é uma experiência emocional que pode embaralhar a compreensão, mas nunca seu objetivo fílmico.
Inovando através do mix de imagens e sons construídos com elenco mínimo e um cão altamente simbólico para representar as dificuldades de comunicação entre os seres, a falta dela e a sua importância, é, mais que tudo, um exercício poético de imagem e um deleite para os olhos se, o expectador abandonar-se ao silêncio mental, relaxar e aceitar, sem resistência, a viagem meta-linguística.
Com essa premissa, veremos uma obra memorável, mas sem ela não. Talvez, por isso mesmo, o circuitão Brasil o ignora até o momento. Que pena, afinal, Jean Luc ainda é Godard!
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