Depois de comentar aqui o filme Mommy, e já ter falado sobre “eu matei minha mãe” resolvi revisitar o segundo trabalho do Enfant terrible, Xavier Dolan, Amores imaginários de 2010.
Tal releitura, me deixa ainda mais pasmos com os 23 anos do produtor, diretor, ator, figurinista e roteirista; pra começar. Por certo, seu estilo é arrojado, atrevido e despudorado o que, ao contrário de tornar-se chocante, caminha muito mais pelo terreno do delicioso.
Afinal, como foram os seus amores platônicos na sua adolescência ? Este trabalho nos leva a essas reminiscências individuais ainda que, provavelmente, tenham sido diferentes dos tipos escolhidos para essa representação.
Chamou-me a atenção, na releitura, a ênfase dada a várias referencias do próprio cinema, da música e da literatura. Estão lá, para um olhar mais atento.
A precocidade de Dolan ao explicitar em "Les Amours Imaginaires" o imaginário de sua geração, é seu maior encanto e sua maior provocação.
Foi muito bom reler e rever.
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