Este pré-candidato ao Oscar 2015, parte de um crime e, é um trabalho sobre o poder da palavra e a força destrutiva que pode haver nelas quando transformadas em discurso ideológico. Eloquência, silêncios, ódios, resignações, bondade, religiosidade e injustiças permeiam a trama construída em longos planos cênicos.
Se a inspiração narrativa é claramente oriunda de “crime e castigo” é evidente que a força deste trabalho encontra-se no desvio - ainda que longo em horas- mas que agregam detalhes relevantes para quem sabe contar uma estória em detalhes.
No terreno do duro realismo, o objetivo fílmico não choca o expectador, já que opta pelo caminho da sugestão muito mais que das explicitudes e suaviza-se numa paleta de cores belíssimas ainda que o pano de fundo constante seja a violência social nas Filipinas.
Não posso dizer que o mote seja apenas a sobrevivência, pois Norte é muito, muito mais profundo, pois o incômodo provocado por esta película genial, obriga-nos a longos debates pós
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