É a Bélgica fazendo um cinema potente, com identidade própria e fugindo radicalmente da pasteurização cansativa dos blockbusters de Hollywood. Ao fazer da música uma protagonista, inspira além de rasgar corações menos avisados. Toca, sem clichês em temas como a brutalidade das dores de perdas irreparáveis, transita pelo perigo de não enxergar defeitos quando apaixonados, silêncios, dificuldade de diálogos, conflitos entre amor, fé, religião, ciência e, a imperiosa coragem dos recomeços. Com diálogos e cenas de arrepiar, não se esquiva da tristeza ainda que deixe uma mensagem de esperança. Totalmente fora do circuitão de bobagens comerciais, é um trabalho obrigatório para reflexões mais contundentes.
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