Fábio Ruiz

2 de mai de 2019

O Último Lance – Finlândia – 2018

Atualizado: 8 de ago de 2020


 
Olavi, um velho comerciante de artes mal-sucedido, vislumbra em uma pintura a ser leiloada a possibilidade de ser uma obra-prima desapercebida, e fará de tudo para provar a sua tese e adquiri-la.
 

 
O roteiro de Anna Heinämaa é linear e funcional, contemplando todos os elementos que um bom texto deve ostentar. O fio condutor ganha um pouco mais de complexidade adicionando questões familiares à trama, ao sua filha e seu neto retomarem contato após longo distanciamento, e, inerente ao tema, adiciona beleza explorando as artes e seu mercado, admirável e, ao mesmo tempo, hostil. Entretanto, apesar do contexto artístico, não se diferencia nas questões familiares, que são costumeiras, e já vistas em dezenas de roteiros que as abordam. Dito isso, vale ressaltar a austeridade nos sentimentos, que facilmente tenderiam ao dramalhão, mantendo justas medidas, que contribuem com a verossimilhança do enredo.

Heikki Nousiainen, o Olavi, Pirjo Lonka, Lea, sua filha, e Amos Brotherus, Otto, seu neto, ótimos e coesos, dimensionam adequadamente as sensibilidades nos conflitos familiares, e o resto do elenco é proficiente. A condução de Klaus Härö é firme com os atores, oportuna nas escolhas de planos e distanciamentos e bastante criativa. A fotografia, excelente, segue a linha fértil condutiva, com muita beleza; música contribui com as tensões cênicas; artes e edição são muito competentes.

Em cartaz.
 

 
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