Com narrativa repleta do tradicional, delicioso e muito peculiar humor da dupla, acompanhamos vários tipos de personagens e situações do bom e velho faroeste, um gênero que, infelizmente, caiu em desuso para ser substituído pelos bobinhos entretenimentos dos super-heróis e, além de nos deliciarmos com as várias surpresas que eles nos proporcionam, ainda nos levam à varias reflexões sobre a vida, a morte e o lado animalesco do ser humano numa inteligentíssima alternância de gêneros que vão do absurdo ao poético.
Aqui, só me cabe lamentar, quase chorando, que uma obra de tamanha envergadura, com tantos temas e questões abordadas, não chegue aos cinemas, pois, na telinha, toda sua grandiosidade fílmica, com certeza, fica muito minimizada, mas é, infelizmente, o único jeito de se conhecer uma das obras mais inteligentes, cômicas, perversa, macabra e repleta de cenas que misturam uma violência tão inesperada que provoca grandes sustos e boas gargalhadas como no gênero de terror.
Por fim, o resultado final com suas brilhantes e enigmáticas reticências, configura-se numa agradabilíssima surpresa para os fãs dos diretores e para um público amante do verdadeiro cinema de conteúdo.