Cardoso Júnior
16 de jul de 2015
Atualizado: 15 de ago de 2020
Eis um trabalho intrigante pela boa mistura entre drama e suspense amparado por boas interpretações, principalmente, a de Nicole Kidman.
Há nele umas simbologias interessantes (como a tempestade de terra), que suja tudo e todos na medida em que os dramas familiares vão se expondo e adensando.
O potencial dramático da narrativa, em paralelo com a inóspita terra e cidade perdida num recanto Australiano, funciona para atingir um pico de inquietude, uma atmosfera pesada e angustiante que provoca curiosidade pela origem e entendimento dos conflitos.
Tudo vai muito bem dentro da narrativa até que, “resolve-se”, inserir um contexto de suspense investigativo onde, algumas falhas grotescas do roteiro (não rastrear uma ligação telefônica?), começam a desapontar e a preconizar que, a coisa toda periga perder o rumo.
E, não da outra! A opção por criar um final explicativo “artístico” é um verdadeiro desastre nos deixando com a sensação de que o filme zombou de nós, nos prendeu e de que nunca mais iremos recuperar às duas horas perdidas.
TRAILER